19 de novembro de 2008

In the room women come and go talking of Donatella Versace

Abri hoje minha edição com a poesia completa de Eliot - sempre que pego, começo pela lovesong e depois penso qual-era-mesmo-o-que-eu-ia-ver. Um dia, há muito tempo, numa ida ao cabeleireiro, ocorreu-me algo curioso. Sei que era um dia meio conturbado e que eu ia ter que esperar, então decidi levar o livro. É um pouco difícil se concentrar ("Do I Dare / Disturb / The hairdresser") ou mesmo sentir os efeitos dos grandes ("In the room women come and go / Talking of Scarlett Johansson") versos, mas o que importa é que, ao pagar a conta, caiu uma gota de algum líquido desconhecido na capa dura e marrom do livro. Transparente, talvez uma base para unhas, mas que deixou até hoje uma marquinha perto do "S" dourado de "T.S." C'est la vie. Paguei a conta, agradeci à moça do balcão pelo chá-mate, olhei-me no espelho, penteei-me com os dedos. Saí.

Consequência inevitável: Eliot sempre me lembrará salão de beleza.

3 comentários:

Anônimo disse...

E pode também lembrar-lhe que nem tudo sai mais belo do salão de beleza.

Luciano disse...

Um poeta, um sábio. ^^

Luciano disse...

Por falar nisso, semana passada vi uma menina de uns 13 anos por lá. Tinha ido fazer uma maquiagem e saiu parecendo o bozo.